Algumas curiosidades acerca desta maravilha - 5

O quartel de Campo de Ourique encerra alguns tesouros que merecem ser preservados, para que possam ser usufruídos pela população do bairro, da cidade de Lisboa, do País e até por turistas estrangeiros, uma vez que se trata de património arquitectónico muito relevante. Um desses tesouros é a biblioteca pombalina que, apesar de não ter muitas obras que remontem à data da fundação do quartel, tem um inegável interesse cultural.
Assim, apelamos a todos os responsáveis políticos que actuem no sentido da preservação deste quartel e da importante memória que ele encerra, e da rápida actuação da autarquia e de todas as forças políticas, no ano em que se comemora o centenário da República em Portugal.

Algumas curiosidades acerca desta maravilha - 4

Curiosamente, a partir de 1917 e até 1979, esteve instalada no quatel a Companhia de Sapadores de Caminhos de Ferro, que marcou a sua presença com inscrições e insígnias em diversos locais do quartel, nomeadamente na Biblioteca (que iremos ver mais à frente). Esta companhia foi marcante nas intervenções que fez nos edifícios. No entanto, manteve-se o núcleo principal, constituído pelo edifício de comando (na foto) e por duas alas de edifícios paralelos separadas pela magnífica calçada, de acordo com a traça original.

Pensamos que o espaço desta alameda e os edifícios que o ladeiam devem ser integrados no património municipal, podendo ser afectos a usos sociais (realojamentos), culturais (ateliers, galerias), municipais (serviços camarários) ou outros.

Algumas curiosidades acerca desta maravilha - 3

Para além do significado histórico do quartel, importa também celebrar o local, pela sua importância enquanto centro cultural e político. Foi neste quartel de Infantaria 16 que se iniciou, na noite de 3 para 4 de Outubro (e não na madrugada de 4 de Outubro, como refere a lápide do centro escolar democrático), a revolução que implantou a República. Foi nesta sede do centro de Infantaria que foram aliciados para a revolução os soldados da Infantaria 16.

Algumas curiosidades acerca desta maravilha - 2

Cremos ser absolutamente necessário salvaguardar este património e integrá-lo no espaço público, para o que basta abrir os dois portões que existem nas extremidades da alameda e que dão para a Rua de Campo de Ourique e Infantaria 16.

Este é, portanto, um assunto com uma imensa importância para o bairro e para todo o município alfacinha.

Para além da devolução do património à cidade de Lisboa, importa preservar a história e o significado que este quartel tem tido ao longo dos tempos: guarida de várias unidades militares, algumas das quais protagonizaram episódios significativos, em momentos cruciais da nossa história.

Algumas curiosidades acerca desta maravilha - 1

Este quartel é um dos raros exemplares da arquitectura pombalina com fins militares existentes em Portugal. No entanto, o seu futuro, como o de outros quartéis do mesmo genéro existentes no nosso País é uma incógnita.

Mandado construir por ordem do conde de Lippe, general com vasta experiência militar, formado na escola de Frederico II da Prússia, que desembarcou em Lisboa a 7 de Julho de 1762, com a incumbência de reorganizar o Exército. Provavelmente, o quartel terá sucedido a um dos muitos abarracamentos militares que existiam em Lisboa após o terramoto de 1755. Sendo um dos marcos arquitectónicos mais emblemáticos de Campo de Ourique, o quartel foi determinante no traçado da malha geométrica das ruas e na evolução do plano urbanístico.

Actualmente, as instalações são ocupadas pela Escola do Serviço de Saúde Militar, desde a data da sua criação, em 1979.

Onde fica esta maravilha de Lisboa?

Campo de Ourique. Mais precisamente, no antigo Quartel da Infantaria 16 (depois Quartel do Batalhão de Sapadores de Caminhos de Ferro). Planeado pelo Conde Lippe. Consitui um conjunto de inegável valor histórico e patrimonial:

• Foi neste quartel que se iniciou (na noite de 3 para 4 de Outubro) a Revolução que implantou a República.
• De arquitectura pombalina, o edificado constitui uma jóia arquitectónica que merece ser preservada.
• A alameda, típico exemplar da calçada portuguesa, pode ser integrada no espaço público, bastando por isso que se abram os portões que existem nas extremidades (para a Rua de Campo de Ourique e para a Rua da Infantaria 16).
• Os edifícios que ladeiam a alameda podem ser integrados no património municipal da cidade de Lisboa e afectos a usos culturais.
• Apela-se a todos os responsáveis políticos e aos agentes de salvaguarda do património que impeçam a perda desta preciosidade da cidade de Lisboa e de Portugal.